O governo do Rio Grande do Sul alugou, por três meses, oito contêineres com capacidade para até 400 corpos. A medida integra as ações de combate do Executivo estadual contra a Covid-19, mas os espaços não serão destinados diretamente com as vítimas da doença. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP/RS), os locais, refrigerados, abrigarão cadáveres de pessoas que tiveram mortes violentas, como acidentes de trânsito, homicídios e suicídios, por exemplo.
Desde abril, quando foi divulgado o aluguel, a SSP/RS reitera que, apesar de se tratar de um plano de contingência para enfrentar a pandemia, o fluxo de mortos pelo novo coronavírus vai continuar sendo conduzido pela rede hospitalar, que declara o óbito, e pelo serviço funerário, que encaminha sepultamento. A medida de precaução foi pensada ainda no começo do ano como suporte ao necrotério do Departamento Médico Legal (DML) em Porto Alegre, e dos postos médicos-legais do interior do Estado, para o caso de as mortes por conta da pandemia aumentarem a demanda. Atualmente, o RS conta com cerca de 700 funerárias.
Os contêineres, divididos entre os de três e os de seis metros de comprimento, podem comportar de 40 a 50 corpos cada. Por motivo de segurança, o local onde foram instalado os equipamentos não é divulgado. O custo mensal do contrato é de R$ 15,4 mil e o acorso pode ser renovado.