O decreto da Prefeitura de Porto Alegre, que entrou em vigor nessa terça-feira e tornou mais rígidas as regras de distanciamento social – com fechamento por 15 dias de salões de beleza, academias e Mercado Público, entre outros estabelecimentos – é alvo de críticas da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul).
Insatisfeita com o que considera concorrência desleal com as grandes redes de supermercados, que mantêm funcionamento restrito em meio à pandemia do novo coronavírus, a presidente da entidade, Simone Leite, afirmou nesta quarta-feira que a decisão de fechar o comércio provoca prejuízo financeiro aos proprietários, além de reduzir a arrecadação de impostos do município.
A dirigente garante que os empresários seguem rigorosamente os protocolos sanitários determinados pelas autoridades de saúde. Conforme Simone, a população passou a adquirir produtos típicos do comércio em grandes redes de supermercados, o que pode agravar a situação financeira do setor. “Defendemos que mesmo em bandeira vermelha tenhamos a possibilidade de exercer a atividade com restrições nas lojas”, frisa.
De acordo com a Federasul, a ideia é permitir que o comércio funcione aos moldes dessas redes. “Não queremos fechar supermercados”, justifica, defendendo que a concorrência siga sendo permitida no setor produtivo.
Para garantir a segurança dos consumidores, a entidade sugere a realização de testes em massa nos trabalhadores. Simone lembra que atualmente a testagem é feita apenas em indivíduos com algum sintoma.