Cotado e praticamente descartado para o cargo de ministro da Educação, Renato Feder, foi às redes sociais neste domingo (5) para responder a críticas que recebeu nos últimos dias. Uma das principais delas diz respeito ao uso de livros com ideologia de gênero no Paraná, onde Feder é secretário de Educação.
“É falso que tenha havido divulgação de livros com ideologia de gênero no Paraná. Não existe nenhum material com esse conteúdo aprovado ou distribuído pela Secretaria”, escreveu Feder em post no Facebook.
O nome do professor Aristides Cimadon, reitor da Universidade do Oeste de Santa Catarina, começa a ganhar força para assumir o Ministério da Educação depois de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ter praticamente desistido de chamar Renato Feder para o cargo.
A indicação de Feder, anunciada na manhã de sexta-feira (3), começou a balançar no final do dia devido à resistência de aliados próximos a Bolsonaro e de parte de sua base eleitoral. Quando Feder foi apontado como o escolhido para o MEC, a indicação foi elogiada por alguns adversários políticos de Bolsonaro.
Por fim, pesou o fato de Feder não estar ligado à ala militar nem ao grupo ideológico que cercam o presidente. Com isso, o nome do secretário passou a ser bombardeado pelos dois lados.
No currículo, de acordo com informações que constam da página da Secretaria de Educação e Esportes do Paraná, Feder possui graduação e mestrado em instituições de ensino de São Paulo.
Ele se formou em Administração pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) e fez mestrado em Economia na USP (Universidade de São Paulo). Ainda foi professor da EJA (Educação de Jovens e Adultos), deu aulas de matemática por 10 anos e foi diretor de escola por 8 anos. O currículo inclui ainda assessoria voluntária da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.
Aos 24 anos, em 2003, assumiu uma empresa de tecnologia, que se tornou bilionária. Deixou o cargo de CEO da empresa para assumir a secretaria do Paraná. O nome dele já estava cotado para o MEC antes de Carlos Decotelli ser nomeado.
Nomeado para o Ministério da Educação, o professor Carlos Decotelli entregou sua carta de demissão na última terça-feira (30) antes mesmo de tomar posse. Decotelli teve a nomeação publicada no Diário Oficial da União no dia 25 de junho.
O governo vem de uma sequência de turbulências e trocas na pasta da Educação após a saída de Abraham Weintraub, em 18 de junho. Sua saída ocorreu após desgastes por conta de declarações polêmicas do agora ex-ministro.
Weintraub assumiu o MEC após a demissão do colombiano Ricardo Vélez Rodriguez, que se desgastou no cargo ao enviar às escolas um e-mail em que pedia que os estabelecimentos de ensino mandassem ao ministério vídeos de alunos cantando o Hino Nacional.