Alvo de inquérito das fake news no Supremo Tribunal Federal (STF), o empresário Luciano Hang estimou, nesta sexta-feira, que o país vem registrando mais mortes em decorrência de suicídio do que do coronavírus. O Brasil já contabiliza mais de 62 mil mortes e 1,5 milhão de infectados pela Covid-19. Critico do lockdown, Hang revelou, em entrevista à Rádio Guaíba, o teor de uma conversa que teve com uma amiga próxima.
“Ontem estava com uma amiga minha que disse não ter conhecido ninguém que morreu de coronavírus, mas que conhecia duas pessoas que se suicidaram. Ou seja, tem mais pessoas se suicidando porque perderam emprego e sua empresa do que pessoas que você conhece que morreram de coronavírus”, afirmou.
Em entrevista ao programa Bom Dia, o proprietário das lojas Havan garantiu que teve acesso à investigação que corre no STF, sem ter encontrado indícios que pesem contra ele. Luciano Hang disse ainda que um deputado gaúcho, que não teve o nome citado, mencionou o nome dele. “O que falava no processo era que talvez o dono Havan seja o patrocinador de fake news. Não constava nada sobre nós, no sentido de dizer ‘o Luciano fez isso ou aquilo’”, revelou.
Sem papas na língua, Hang considerou que o Brasil vive em um regime “comunista’, onde o estado busca regular tudo para “mandar na vida do cidadão”. Sobre a imprensa, avaliou que a grande mídia vem “tocando o terror para quebrar o país”. Com relação às restrições impostas pelos estados para conter a Covid, Hang lamentou o fato das cidades terem sido fechadas no começo da pandemia, em março, afetando duramente o empresariado.
Sobre ativismo político, Luciano Hang afirmou que há diferentes processos a favor e contra ele na Justiça, mas que em 90% dos casos, há ganho de causa. Com 148 lojas espalhadas pelo país, o empresário salientou que nenhuma delas fechou, até o momento, no Rio Grande do Sul. Além disso, ele adiantou que na próxima quinta-feira inaugura a unidade de Erechim. As demais seguem funcionando, enquadradas como hipermercados, em Caxias do Sul, Gravataí, Ijuí, Passo Fundo, Pelotas, Santa Cruz, Santa Maria e Viamão. Em 2019, a Havan faturou R$ 11 bilhões e pagou cerca de R$ 3 bi em impostos, esclareceu Hang.