A secretária estadual da Saúde do Rio Grande do Sul, Arita Bergmann, disse, em entrevista à Radio Guaíba na manhã desta sexta-feira, que o governo gaúcho monitora diariamente o crescimento do número de internações de pacientes com o novo coronavírus. De acordo com a secretária, há a possibilidade, se necessário, de transferir ou alterar a referência de atendimentos para pacientes com a doença no Estado.
“Então, há a possibilidade de fazer a transferência ou referência. A nossa regulação está fazendo isso, mas ainda não houve uma necessidade maior. O que nós temos é que garantir acesso”, ressaltou.
Arita explicou que, até o momento, isso não foi necessário, pois a ocupação média de leitos de UTI no RS gira em torno de 70% a 72%. Na avaliação da secretária, não seria correto utilizar o termo “colapso”, pois a rede de saúde é estruturada e conta com um complexo regulador.
“Primeiro eu não concordo com a expressão ´colapso´. Nós temos uma rede estruturada e um complexo regulador. Nós temos leitos em municípios e programados para uma região Covid e temos leitos para uma macrorregião. Se precisar deslocar pacientes graves e vou te dar um exemplo: a região da Costa Doce não tem leitos de UTI. No momento que essa região tiver leitos, nós vamos desafogar a Capital”, afirmou.
A gestora da pasta salientou ainda a importância do cumprimento das regras de distanciamento social e higienização. Arita disse esperar que não haja nenhuma região com bandeira preta na atualização do sistema de distanciamento controlado que será divulgado no final da tarde desta sexta-feira. “Hoje, vamos rodar as bandeiras. Nós estamos vendo nos indicadores que houve um aumento bastante expressivo. Esperamos que ainda não haja nenhuma bandeira preta e esperamos que haja uma mudança de comportamento da população para vencer esses próximos 15 dias. Se houver bandeira preta e tivermos que fechar, será fechado”, garantiu.
A secretária também comentou sobre a falta de insumos em hospitais do Estado. Informou que o governo já trabalha na aquisição dos remédios junto ao Ministério da Saúde. Ela admitiu, também, a possibilidade dos hospitais cancelarem cirurgias eletivas para melhor administrar os insumos existentes em cada instituição.