O ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República, Luiz Eduardo Ramos, anunciou nesta quinta-feira que a proposta do governo para a extensão do auxílio emergencial deve consistir em três parcelas adicionais com valores decrescentes, mas alguns minutos depois apagou a informação da sua conta no Twitter.
O Estadão havia antecipado que esse formato, com parcelas de R$ 500, R$ 400 e R$ 300, era avaliado pelo Palácio do Planalto para fixar uma espécie de transição no valor do benefício até que ele chegue a seu fim.
A quantia paga a trabalhadores informais, desempregados e autônomos em abril, maio e junho foi de R$ 600. Se aprovada no Congresso Nacional, a proposta anunciada na publicação apagada por Ramos significaria novos desembolsos pelo governo federal aos beneficiários em julho, agosto e setembro.
Ainda de acordo com a informação depois removida por Ramos, ela levaria a soma total paga no auxílio emergencial a “pelo menos R$ 229,5 bilhões”. “Isso é 53% de toda a transferência de renda já feita no programa Bolsa Família desde o seu início, em 2004”, dizia o ministro na publicação. O benefício foi criado para conter os efeitos da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.
Após Ramos apagar o tuíte, a assessoria do ministro disse que a postagem foi um equívoco e que os valores ainda estão sendo discutidos internamente no governo. No Planalto, uma fonte informou que os valores têm sido discutidos diretamente entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A proposta apresentada por Ramos é uma das ideias em análise, mas não necessariamente será formalizada.