Governo não vai suportar mais duas parcelas de R$ 600 de auxílio, reitera Bolsonaro

Em videoconferência, assessor do ministro Paulo Guedes defendeu reabertura imediata da economia

Foto: Marcos Corrêa / PR

O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta segunda-feira, que o governo não vai suportar pagar mais duas parcelas do auxílio emergencial no valor de R$ 600, além das três já programadas em razão da pandemia de coronavírus. “O Paulo Guedes decidiu pagar a quarta e a quinta, mas falta acertar o valor. A União não aguenta outro com esse mesmo montante”, disse Bolsonaro ao canal Agro+, da Band TV.

Segundo ele, um valor de auxílio mais baixo vai ser negociado no Congresso, já que o que está em vigor custa R$ 50 bilhões por mês ao governo. “Queremos atender o povo, mas com muita responsabilidade”, afirmou. “A maneira mais rápida de diminuir a dependência do auxílio para a população é reabrir o comércio nas cidades”, disse Bolsonaro.

O presidente avalia as medidas de isolamento social tomadas pelos estados e municípios para conter a disseminação do novo coronavírus como “um exagero” e acredita que não vai ser fácil para a economia pegar no tranco, já que embora o campo não tenha parado, as cidades e muitos estados fecharam o comércio.

Assessor de Guedes defende reabertura imediata

Já o assessor especial do Ministério da Economia Guilherme Afif Domingos afirmou, nesta segunda-feira, que é necessário fazer a reabertura agora porque a economia não resiste muito tempo ao isolamento social.

Ao participar de debate online promovido pela Câmara dos Deputados, o assessor de Guedes pontuou que ficar em casa deve ser uma opção apenas para os que estiverem no grupo de risco para a infecção pelo coronavírus.

Afif avaliou que o retorno à atividade está começando a ser feito com o cuidado necessário e que não é possível abrir mão desse processo.