Agentes transferiram o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, na tarde desta quinta-feira, para o presídio de Bangu, no Rio de Janeiro, após ele ter sido levado inicialmente para o presídio de Benfica. A prisão ocorreu pela manhã em Atibaia, no interior de São Paulo. Queiroz é investigado pela suposta prática de rachadinha ao atuar no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, por questões de segurança e por conta da pandemia do novo coronavírus, Queiroz vai cumprir o isolamento social durante 14 dias no Presídio Pedrolino Werling de Oliveira, no Complexo de Gericinó, em Bangu.
“Ressaltamos que o isolamento social de 14 dias é protocolo de prevenção ao contágio e disseminação da Covid-19 e se aplica a todos os ingressos do sistema prisional”, informou a secretaria, por meio de nota.
Preso às 6h30min desta quinta em Atibaia, no interior de São Paulo, o ex-assessor vivia em um imóvel do advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, onde ficou por cerca de um ano.
A Operação Anjo, deflagrada no início da manhã desta quinta-feira, cumpre ainda outras medidas cautelares autorizadas pela Justiça relacionadas ao inquérito. As medidas incluem busca e apreensão, afastamento da função pública, o comparecimento mensal em Juízo e a proibição de contato com testemunhas do mesmo processo.
Advogado vai pedir transferência a presídio militar
O advogado Paulo Emílio Catta Preta, que assumiu a defesa de Queiroz, vai pedir a transferência dele para um batalhão da Polícia Militar. Segundo o advogado, a medida prevista em lei é para a segurança do cliente, que é policial militar reformado.
Além disso, de acordo com Catta Preta, a prisão é injustificada, já que Queiroz vem sofrendo ameaças e está com a saúde debilitada, após duas cirurgias e um tratamento contra câncer. Catta Preta vai defender, ainda, a esposa de Queiroz, Márcia Oliveira de Aguiar, também presa nessa manhã.
O defensor ainda não estudou a fundo os autos do caso, que desde 2018 é tocado pelo Ministério Público do Rio.
Paulo Emílio Catta Preta é experiente defensor de Brasília que atuou recentemente para Adriano Magalhães da Nóbrega, miliciano do Rio morto em fevereiro. ‘Capitão Adriano’, como era conhecido, também tinha ligação com o esquema de rachadinha no gabinete do filho de Jair Bolsonaro.