Novas Salas das Margaridas, que reforçam a rede de atendimento às mulheres vítimas de violência, foram inauguradas na manhã desta terça-feira pela Polícia Civil. As delegacias contempladas ficam nas cidades de Cruz Alta, Uruguaiana, Santa Rosa, Cachoeira do Sul, Lajeado, Farroupilha e Bagé. Tratam-se de espaços preparados para acolher e encorajar mulheres no processo de rompimento do ciclo da violência, com ambiente reservado e atendimento especializado. A abertura dos novos espaços amplia a rede de atendimento para 17 Salas das Margaridas no Rio Grande do Sul.
A Chefe de Polícia Civil, delegada Nadine Anflor, lembrou do comprometimento da instituição com as políticas públicas para as mulheres e da importância desses espaços para acolhimento. “A mulher que passa por um momento de tamanha fragilidade, não pode estar exposta ao movimento diário de uma delegacia. Por isso, esses espaços reservados incentivam as mulheres a procurarem ajuda”, destacou.
O projeto das Salas das Margaridas teve início no ano passado em Porto Alegre. A estratégia das Salas das Margaridas é uma das principais políticas públicas da Polícia Civil no enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher, sendo oferecido um espaço reservado e privativo onde são registradas ocorrências policiais, oitivas das vítimas, bem como o pedido de medidas protetivas e demais ações que fazem parte da Lei Maria da Penha.
Todo o processo de atendimento é realizado por profissionais especificamente capacitados para lidar com casos dessa natureza. “Nesses espaços também conseguimos aplicar um questionário que avalia o grau de risco que a vítima está exposta. São informações fundamentais que ajudam a polícia a traçar um plano de proteção para essa mulher e assim evitar crimes como o feminicídio”, avalou a delegada Tatiana Bastos, diretora da Divisão de Proteção e Atendimento à Mulher (Dipam) do Departamento Estadual de Proteção a Grupos Vulneráveis (DPGV).
Durante a inauguração online das novas Salas das Margaridas, a Polícia Civil apresentou uma campanha nacional para incentivar as denúncias de violência doméstica. O projeto Sinal Vermelho, foi idealizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e conta com o apoio da instituição gaúcha.
A campanha é composta por vídeo e cards com imagens de mulheres com um “X” vermelho pintado na mão. O símbolo é um pedido de socorro que pode ser feito junto a farmácias, de forma silenciosa e sem chamar a atenção de seus agressores, sendo então acionada as forças policiais pelos funcionários dos estabelecimentos. A iniciativa já recebeu a adesão de quase 10 mil farmácias pelo país.