A forte chuva com trovoadas registrada em Porto Alegre desde o fim da madrugada alagou vários pontos da cidade neste sábado. Trechos inteiros de via pública ficaram submersos, sobretudo na zona Norte. Em alguns locais, os veículos estacionados tiveram água batendo quase nas portas, conforme relatos do Correio do Povo.
Moradores ficaram ilhados e muitos vão passar horas limpando pátios e calçadas em bairros como Santa Maria Goretti e Jardim São Pedro. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), que monitora a situação do trânsito, calculou pelo menos 20 pontos de alagamento na capital gaúcha.
No cruzamento das avenidas Assis Brasil com General Emílio Lúcio Esteves, a força da água rompeu o asfalto, quase abrindo uma cratera. Agentes da EPTC sinalizaram a área. Uma boa extensão da Emílio Lúcio Esteves ficou inundada. Tampas de boeiros foram transformados em “fontes” jorrando água.
Na esquina das ruas Nicolau com Santa Catarina, o alagamento tomou uma extensa área com a tampa de um boeiro transformada em chafariz. Uma moradora reclamou que há duas décadas acontecem os alagamentos na região. O mesmo problema verificou-se por exemplo na esquina das ruas Cerro Azul com Piauí.
Outros alagamentos foram registrados nas avenidas Brino, Carneiro da Fontoura e Paulo Zivi, além da Menna Barreto onde o arroio transbordou. A rua Pereira Pinto também apresentou problemas semelhantes.
Os bairros Navegantes, Farrapos e Humaitá também tiveram pontos de alagamento, como a rua Voluntários da Pátria, próximo à nova ponte do Guaíba em construção, a A.J. Renner e José Pedro Boéssio. No bairro Petrópolis, uma árvore caiu na esquina da Eça de Queiroz com a Ferreira Viana.
Prefeitura cita pico de energia e pane elétrica
Em nota, a Prefeitura informou que um pico de energia na rede da Ceee, que abastece a Estação de Bombeamento de Águas Pluviais (Ebap) Silvio Brum, localizada na avenida Sertório, causou uma pane elétrica na casa de bombas da zona Norte. As equipes do Dmae já realizaram a manutenção, todas as bombas voltaram a funcionar e o sistema passa agora a normalizar.
O comunicado lembra que a região da Sertório sofre com alagamentos há pelo menos 30 anos por falta de estrutura e de investimentos em macrodrenagem. “Em janeiro de 2017, as casas de bombas da Capital, por exemplo, funcionavam com 40% da capacidade. Hoje, com manutenções e melhorias, já atuam em mais 80%. Além disso, o governo está investindo no maior conjunto de obras de drenagem da história de Porto Alegre, a macrodrenagem da bacia do Arroio Areia, que já está em andamento em sete frentes”, completa a nota.
