A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) relativa ao mês de março, divulgada hoje pelo IBGE, mostra que, além da retração do setor de serviços, as atividades turísticas do país sofreram retração de 30%. A queda aconteceu, principalmente, nos segmentos de hotéis e restaurantes, além de transportes aéreos de passageiros e agências de viagens.
As medidas de distanciamento social que foram adotadas em várias regiões do Brasil para evitar o contágio do coronavírus, causaram a retração mais acentuada no setor desde o início da série histórica, também iniciada em janeiro de 2011.
Os estados que mais sentiram os impactos na área turística em março foram o Rio de Janeiro, com 36,6% de retração, e São Paulo, com queda de 28,8%. Os dois estados brasileiros também são os mais afetados pelo coronavírus. Todas as 12 unidades da federação que foram pesquisadas neste indicador acompanharam a retração observada no país.
Outro setor com retração significativa é o de bares e restaurantes. Desde o início da quarentena e o enfrentamento do coronavírus no Brasil, ao menos 1 milhão de empregos formais foram extintos, dizem as associações do setor. Mesmo com adaptações dos empresários, como inserção dos serviços de drive-thu ou venda de créditos antecipados para clientes consumirem após a crise, por exemplo, bares e restaurantes não conseguiram evitar demissões.
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abasel) calcula que 20% os estabelecimentos do segmento no país já tenham fechado as portas em definitivo, após as medidas de isolamento social. O setor reunia até março quase 1 milhão de pontos comerciais, empregando cerca de 6 milhões de trabalhadores, sendo 3 milhões com carteira assinada. Uma pesquisa feita pela Associação Nacional dos Restaurantes (ANR), que representa 9 mil pontos comerciais no Brasil, revela que 76,11% dos restaurantes já precisaram demitir desde o início da crise.