Grupos pró e contra Bolsonaro se defrontam no Centro de Porto Alegre

Presença de PMs e da EPTC garantiu que não ocorressem confrontos

(Foto: Mauro Schaefer / CP)

Grupos pró e contra o presidente Jair Bolsonaro se defrontaram na tarde deste sábado, perto da sede do Comando Militar do Sul, na rua dos Andradas, no Centro Histórico de Porto Alegre. Com bandeiras do Brasil e faixas pedindo intervenção militar e fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF), cerca de cem manifestantes a favor de Bolsonaro gritavam palavras de ordem contra cerca de 20 opositores, que seguravam uma faixa pedindo a renúncia do chefe do Executivo. Policiais militares organizaram uma barreira entre os grupos, que passaram mais de duas horas trocando insultos e provocações.

Ao final, não houve confronto e os grupos se dispersaram. Apesar do clima tenso na região, a presença de centenas de policiais e agentes da Empresa Pública de de Transporte e Circulação (EPTC) garantiu a segurança de quem passava a pé ou de carro pela região. A via chegou a ficar totalmente bloqueada impedindo a passagem de veículo. Com a chegada dos policiais, a rua foi desobstruída e os manifestantes passaram a ocupar a calçada e metade da pista. Boa parte dos manifestantes pró-Bolsonaro era de idosos, enquanto o grupo contra o presidente era composto basicamente por jovens.

Um dos organizadores do ato pró-Bolsonaro, Evaristo Pinheiro Righetto criticou o trabalho da imprensa, minimizou a pandemia do novo coronavírus e atribuiu os problemas do país a governadores e ao Congresso Nacional. “A verdadeira pandemia quem está fazendo são os governadores, o STF e o Congresso. Esses estão fazendo a pandemia com o povo brasileiro”, afirmou. Ele ressaltou que os governadores pressionam o Governo Federal em busca de recursos.”São má gestões governamentais, estaduais, que não tiveram competência para governar e estão pressionando Governo Federal a pagar as contas delas”, completa.

O grupo que decidiu protestar contra o governo Bolsonaro garante que o movimento surgiu de forma espontânea. Um dos organizadores, que prefere não se identificar, afirma que algumas pessoas ficaram ‘indignadas’ com as agressões sofridas por mulheres no ato doa dia 19 de abril, quando protesto similar terminou em confusão e pancadaria. “Esse movimento nasce a partir do momento que a gente não está aqui para ver a nossa gente apanhar de fascistas. Viemos exercer nosso direito constitucional de se manifestar”, destaca.