Cerca de 60 manifestantes voltaram a se reunir neste domingo na frente da sede do Comando Militar do Sul, no Centro Histórico, para ato em apoio ao presidente Jair Bolsonaro. A exemplo do que ocorreu no feriado de Tiradentes, o grupo se instalou na esquina da avenida Padre Tomé com a rua 7 de Setembro. Mais uma vez o foco do protesto se dirigiu ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Uma kombi com caixas de som foi estacionada na via e serviu de base para manifestações ao microfone. Com camisetas e bandeiras do Brasil, os participantes se revezaram no uso do equipamento – sem higienização.
A mobilização ocorreu mesmo com a recomendação do Ministério Público Estadual de que atos similares não acontecessem. O encontro, que durou duas horas e não registrou nenhum contratempo, foi marcado por gritos de apoio ao presidente. Cercado por policiais militares e agentes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), que isolaram a região, o grupo prometeu nova manifestação nos próximos dias. Comerciante e construtor, Vilmar de Matos, 48, saiu de Gravataí, na Região Metropolitana, para participar da manifestação. Vestindo camiseta com imagem de Bolsonaro, Matos pediu apoio das Forças Armadas num momento em que o presidente ‘está sob ataque direto do governador João Doria’ e criticou ‘a corrupção endêmica que está assumindo o poder’.
“Nós, cidadãos comuns, temos que exercer a cidadania, que é vir às ruas e manifestar o livre direito de pensamento e expressão”, observa. Mais do que criticar o Congresso e o Judiciário, Matos criticou a forma como ocorreu a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça. “Perdemos mais um guerreiro, que era o Sergio Moro, mas foi a tempo e providencial, porque tínhamos fé tão grande nesse ministro que já queríamos ele como ministro do STJ. Ele faria mal maior ainda do que foi abandonar o presidente Bolsonaro nesse momento”, completa.