Moro volta a rebater Bolsonaro e diz que apoiou o presidente em ataques injustos

Ex-ministro e presidente trocam farpas no Twitter neste sábado

Sérgio Moro ficou insatisfeito com demissão de chefe da Polícia Federal | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/CP
Foto: Agência Brasil/CP

Após uma sexta-feira turbulenta com a demissão do do ministro da Justiça Sergio Moro, o sábado é de troca de farpas entre o ex-juiz e o presidente Jair Bolsonaros nas redes sociais. Depois do chefe do Executivo Nacional postar uma foto e lembrar o apoio que deu ao seu então ministro na época das mensagens da Vaza Jato, Moro voltou a twittar dizendo que esteve ao lado de Bolsonaro quando “ele foi injustamente atacado”.

O ex-ministro continua: “Mas preservar a PF de interferência política é uma questão institucional, de Estado de Direito, e não de relacionamento pessoal”.

Acompanhado da mensagem, Moro citou ainda uma reportagem publicada no portal R7 sobre a ocasião em que pediu em ofício enviado no dia 30 de outubro de 2019 para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Polícia Federal instaurassem inquérito para apurar fatos que indicassem uma suposta participação de Bolsonaro no assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol).

No ofício enviado ao procurador-geral da República, Augusto Aras, o então ministro da Justiça diz que os fatos sugerem “possível equívoco na investigação conduzida no Rio de Janeiro ou eventual tentativa de envolvimento indevido do nome do presidente da República no crime em questão”.

Discussão nas redes sociais

Tudo começou no início da manhã como uma postagem de Moro de um vídeo de uma campanha elaborada pelo Ministério da Justiça ainda sob seu comando. Chamado de “Faça a coisa certa”, tem frases como “não devemos receber presentes ou qualquer outra vantagem pessoal”, “o poder público não é um negócio de família” e “o interesse público deve sempre prevalecer”.