Bolsonaro publica foto e lembra apoio a Moro na “Vaza Jato”

Imagem mostra presidente com a mão no ombro do ex-juiz em um gesto que sugere apoio ao então membro do governo

Foto: Rodolfo Buhrer / FotoArena / CP Memória

Após um dia marcado pelo anúncio de demissão do então ministro da Justiça Sergio Moro e um pronunciamento do presidente em resposta, Jair Bolsonaro voltou a se manifestar nas redes sociais na manhã deste sábado (25). No Twitter, ele publicou uma foto com o ex-juíz, em que aparece com a mão em seu ombro em um gesto que sugere apoio ao então membro do governo.

Bolsonaro escreveu a seguinte mensagem aos seus seguidores: “VazaJato começou em junho de 2019. Foram vazamentos sistemáticos de conversas com Sergio Moro com membros do MP. Buscavam anular processos e acabar com a reputação do ex-juiz. Em julho, PT e PDT pediram prisão dele. Em setembro cobraram o STF. Bolsonaro no desfile do dia 7 fez isso.”

A mensagem faz referência ao termo pelo qual ficou conhecido o vazamento de conversas, supostamente realizadas por meio do aplicativo Telegram, entre o ex-juiz Sérgio Moro e o promotor Deltan Dallagnol, além de outros integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato.

Após o texto, o presidente publicou a imagem em que aparece ao lado de Sergio Moro, referente, segundo ele, ao dia 7 de setembro, em que aparecem lado a lado. A publicação de Bolsonaro ocorreu pouco mais de uma hora e 30 minutos após o ex-ministro também ter publicado na mesma rede social um vídeo que faz referência a campanha que comandou à frente do Ministério da Justiça.

ex-juiz escreveu também no Twitter: “‘Faça a coisa certa, pelos motivos certos e do jeito certo’ foi o lema de campanha de integridade que fizemos logo no início no MJSP.” Ele compartilhou ainda um vídeo com as diretrizes da campanha.

No vídeo, a campanha apresenta 10 pontos que regeria as atividades do órgão sob a chefia de Moro. Entre os principais pontos, as imagens destacam: o combate à impunidade, a transparência, respeito à equipe de trabalho, ações dos agentes públicos e o canal de ouvidoria do Ministério.

Frases como “não devemos receber presenter ou qualquer outra vantagem pessoal”, “o poder público não é um negócio de família” e “o interesse público deve sempre prevalecer” também são ditas no vídeo da campanha.