Com 525 leitos adultos de UTI, Porto Alegre fechou março com 73% de ocupação de pacientes em tratamento intensivo. A Capital registra três mortes e 208 pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Na noite dessa quarta, 25 delas eram atendidas em leitos de UTI, além de 32 pacientes com suspeita de Covid-19, ainda aguardando laudo.
O fluxo de pacientes que recebe alta ou baixa hospitalar é permanente. Porto Alegre também dispõe de 105 leitos pediátricos de UTI, divididos em instituições privadas e públicas de saúde.
Desses leitos, 162 são particulares, nos hospitais Moinhos de Vento, Ernesto Dorneles, Mãe de Deus e Divina Providência. Já o São Lucas da PUC e a Santa Casa atendem tanto a rede pública quanto a privada de saúde.
No SUS, os pacientes podem procurar atendimento nos hospitais Conceição, Clínicas, Cristo Redentor, Vila Nova, Pronto Socorro, Independência, Fêmina, Restinga e Santa Ana. Contudo, algumas unidades, como o HPS e o Cristo Redentor atendem, preferencialmente, casos de traumatologia.
Se por um lado a Prefeitura de Porto Alegre segue firme adotando medidas para desacelerar o crescimento de contágio na cidade, a Secretaria Municipal da Saúde alerta que o pico da infecção pelo novo coronavírus deva se dar entre o fim de abril e o início de maio, período que coincide com o início dos dias frios na cidade.
Atento à escalada de contaminações, o secretário municipal da Saúde, Pablo Stürmer, ressalta que estudos sugerem que entre 70% e 90% dos porto-alegrenses possam vir a contrair a doença, muitos deles sem nunca saber. De acordo com ele, 80% dos casos, porém, devem envolver sintomas leves.
Após um mapeamento nas casas de saúde, ao menos 20 respiradores foram listados no Beneficência Portuguesa e mais 20 no Hospital Álvaro Alvim, da Ulbra, o que permite reforçar o atendimento.