Em mais um dia de pânico nos mercados globais, a bolsa de valores caiu quase 3% e voltou aos níveis da semana passada. O dólar superou os R$ 5,26 e voltou a fechar no maior valor nominal desde a criação do real.
O dólar comercial encerrou a quarta-feira vendido a R$ 5,261, com alta de R$ 0,067 (+1,29%), na maior cotação nominal desde a criação do real. A divisa começou o dia vendida em torno de R$ 5,24 e chegou a R$ 5,27, antes de o Banco Central (BC) intervir no mercado.
A autoridade monetária vendeu US$ 645 milhões das reservas internacionais e rolou (renovou) US$ 500 milhões em contratos de swap cambial – equivalentes à venda de dólares no mercado futuro – com vencimento previsto para maio. A divisa acumula alta de 31,11% em 2020.
Já o índice Ibovespa, da B3, a bolsa de valores brasileira, fechou a quarta-feira aos 70.967 pontos, com queda de 2,81%. No ano, o indicador acumula queda de 38,63%. O índice seguiu o exterior, afetado com as perspectivas de que a economia dos Estados Unidos seja mais afetada pela pandemia de coronavírus do que o previsto. O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, encerrou o dia com queda de 4,44%.
Há várias semanas, os mercados financeiros em todo o planeta vivem um período de nervosismo por causa da recessão global provocada pelo agravamento da pandemia de Covid-19. As interrupções na atividade econômica associadas à restrição de atividades sociais travaram a produção e o consumo, provocando instabilidades.