Mesmo em meio a pandemia, vacinação contra aftosa segue em ritmo normal no RS

A última etapa de vacinação contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul vai até o dia 14 e vem acontecendo em ritmo semelhante ao da etapa realizada em novembro. Conforme a chefe do Departamento de Saúde Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Rosane Collares, até segunda-feira, a imunização de mais de 25% do rebanho já havia sido comunicada. O estado antecipou a etapa de maio para março em função da busca pelo avanço de status sanitário junto com o Paraná, que deve acontecer no ano que vem.

O prazo para o fim da etapa foi mantido em função de orientação da Organização Internacional de Sanidade Animal (OIE), apesar das restrições provocadas pela pandemia do Covid-19. A principal mudança, no Rio Grande do Sul, foi a extensão do prazo para comprovação da vacina até 30 de abril e a possibilidade de realizar o procedimento por e-mail ou mensagem de Whatsapp. “Trabalhamos com o atendimento nas Inspetorias em horário reduzido, das 8h às 14h, mas no tele trabalho o atendimento é normal”, afirma Rosane. Para saber o telefone da inspetoria, basta acessar o link https://www.agricultura.rs.gov.br/enderecos-de-regionais-e-ida-s.

O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, afirma que o Fundo apoia todas as medidas de prevenção vem sendo tomadas. “Os procedimentos garantem que o produtor possa preservar sua saúde e, ao mesmo tempo, cumprir as determinações recomendadas pelo Serviço Veterinário Oficial”. Kerber lembra que em qualquer atividade realizada fora de casa, todos os cuidados sejam tomados. “Mesmo que na cidade do produtor ainda não tenham sido registrados casos da Covid-19 é importante seguir as recomendações, higienizando mãos e rosto e também os produtos e embalagens que forem adquiridos neste período”, salienta.

Declaração anual de rebanho

Outra atribuição do produtor, que tem prazo mais longo, é a Declaração Anual de Rebanho. A atividade precisa ser realizada até 31 de maio por produtores de todas as espécies: bovinos, ovinos, suínos, equídeos, aves e peixes. O formulário impresso da declaração está disponível nas inspetorias, mas o produtor também pode utilizar o formulário digital, imprimir e preencher em casa e enviar a imagem pelo e-mail. “Existe também a possibilidade de o sindicato solicitar o formulário nas inspetorias e entregar aos associados. Desta forma o fluxo de pessoas nas unidades fica reduzido”, explica Rosane.

Dicas sobre vacinação

A vacina contra a febre aftosa precisa ficar refrigerada até o momento da aplicação. A temperatura ideal é entre 2° e 8° Celsius e para isso é importante que seja transportada em caixas térmicas e armazenada em refrigerador comum, nunca no congelador ou freezer. A compra das doses deve ser realizada apenas em estabelecimentos credenciados à Secretaria da Agricultura. Para conferir essa e outras informações sobre a etapa, basta acessar agricultura.rs.gov.br/aftosa.

A condição ideal para aplicar a vacina é com o animal contido, A contenção é importante para evitar problemas na aplicação da dose e também acidentes com os trabalhadores. Para quem não conta com um tronco de imobilização, o animal pode ser preso em palanques ou mesmo junto a cercas de madeira, utilizando cordas para contenção de patas (acima do jarrete) e cabeça. A melhor forma de fazer esse manejo, sem o tronco, é envolvendo duas pessoas: uma para a contenção adequada e outra para a aplicação da vacina.

O melhor momento para a aplicação da dose é nas horas de temperaturas mais amenas, antes das 10h ou 11h da manhã, ou após às 15h. Animais em rotina de manejo, como os leiteiros, podem ser vacinados nos habituais de movimentação.

Caso a aplicação não tenha sido realizada adequadamente, a operação deve ser repetida. Animais em lactação podem ser vacinados e ordenhados normalmente, já que a vacina não deixa resíduos. O pecuarista deve prestar atenção apenas se a vacina provocar alguma reação como febre, que pode afetar a qualidade do leite e também das carcaças de animais abatidos em condição febril.