Em meio à pandemia de Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro – que tem 65 anos e, portanto, integra o grupo de risco de contágio – foi visitar vários comércios locais ainda abertos em Brasília. A saída do presidente acontece um dia depois do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, defender a manutenção das medidas de isolamento para conter o avanço do novo coronavírus. O chefe de Estado deixou o Palácio da Alvorada nesta manhã pelo acesso à residência oficial da vice-presidência, o Palácio do Jaburu, evitando a imprensa.
São poucos os estabelecimentos abertos , porque a cidade cumpre decreto do governador, Ibaneis Rocha, que determina o fechamento de lojas e shoppings para evitar a circulação das pessoas e tentar controlar a propagação da covid-19. Apenas os serviços considerados essenciais podem funcionar.
O presidente saiu por volta de 9h30min do Palácio da Alvorada e seguiu para um posto de gasolina. Bolsonaro desceu do carro para cumprimentar e tirar fotos com frentistas que estavam trabalhando. Também conversou com populares. Em seguida, Bolsonaro visitou uma farmácia, padaria e uma mercearia no Sudoeste, bairro residencial que fica cerca de 10 km do Congresso Nacional.
Depois de visitar os comércios, esteve no Hospital das Forças Armadas (HFA) por cerca de 20 minutos, cumprimentou populares e profissionais que lá estavam. Não há informação oficial sobre a razão da visita. Em seguida, o comboio presidencial seguiu em direção a Ceilândia, uma região administrativa de Brasília, que fica a cerca de 36 quilômetros do Palácio da Alvorada. É lá que moram familiares da primeira-dama Michelle Bolsonaro.
O presidente passeou de carro pela região onde funciona uma feira, que está fechada em razão da determinação do governador. Apesar da feira não estar funcionando, a chegada do presidente parou o local, reunindo várias pessoas que se aproximaram para tirar fotos.
Ele parou para conversar com populares e com um vendedor de churrasquinho que reclamou da paralisação do comércio, concordando com o discurso que vem sendo repetido pelo presidente nos últimos dias de que não é possível ficar parado. “Se não morrer pela doença, morre de fome”, disse o ambulante, recebendo o aval do presidente.