O governo gaúcho recuou e alterou parte do decreto editado, nessa sexta-feira, em que proibia o acesso às faixas de praia, no litoral, e restringia o funcionamento de postos de combustíveis a fim de evitar aglomeração de pessoas em meio à pandemia de coronavírus.
Os postos, com isso, poderão seguir abertos, 24h por dia, também aos domingos, mas apenas para abastecer veículos, com o funcionamento das lojas de conveniência restrito ao período de segunda a sábado, das 7h às 19h. A regra vale para as lojas de postos dentro das cidades. Em rodovias, o horário é livre, mas a reunião de pessoas nos estabelecimentos fica proibida.
O descumprimento das normas pode acarretar punição cível, administrativa, criminal e até prisão em flagrante, quando for o caso.
Em transmissão on-line nessa sexta-feira, o governador Eduardo Leite disse que muitos não estão levando a sério a situação de contágio. “Estamos estabelecendo essas restrições porque recebemos relatos de cidadãos que estão se reunindo em postos para fazerem confraternizações, tendo em vista que o período de quarenta está soando para estas pessoas como férias. E não são férias, é a para evitar o contato entre as pessoas para conter a transmissão do vírus. A situação é séria, é grave e é em todo o Estado, por isso precisamos da colaboração de toda a população. Quem acha que o vírus não está perto de si, está errado”, enfatizou.
Sulpetro orienta estabelecimentos a exibir decreto
A orientação do Sulpetro é que os postos fixem na porta e vitrine das lojas uma cópia do decreto para conhecimento da população em geral. Também está sendo pedido que sejam retiradas as mesas existentes em lojas de conveniência para evitar que os clientes fiquem aglomerados ou por muito tempo dentro do estabelecimento.
Em relação aos funcionários, o sindicato orienta os revendedores a que trabalhem com equipes reduzidas operando com esquema de plantão, antecipem férias de trabalhadores e liberem profissionais do “grupo de risco”.
Dal’Aqua lembra que o decreto não interfere nos preços dos combustíveis. Entretanto, os revendedores já notaram queda de 40% na movimentação e venda dos combustíveis na última semana.