Se por um lado o governador Eduardo Leite decretou situação de calamidade pública, a Secretaria da Agricultura chamou as associações que representam seus servidores para informar que não irá suspender a campanha da vacinação contra a febre aftosa no Estado. Além disso, será mantido o atendimento a produtores nas inspetorias de defesa agropecuária. Na avaliação da Associação dos Fiscais Agropecuários do RS (Afagro), a medida contraria todas as recomendações para evitar a disseminação do coronavírus e inclusive incentiva a circulação e aglomeração de pessoas.
O presidente da Afagro, Pablo Fagundes Ataide, esteve reunido com o secretário da Agricultura, Covatti Filho, que orientou os servidores a adotarem um regime de revezamento e aumentarem os cuidados com higiene.
Contudo, no interior há inspetorias com somente um ou dois servidores. Por este motivo, tal medida não é eficiente pois os produtores que se dirigem às inspetorias para comprovar a vacinação do rebanho ficarão ainda mais tempo aguardando atendimento, alerta Ataide.
“É um contrassenso manter uma campanha de vacinação que promove a aglomeração de produtores nas agropecuárias, nas inspetorias e nos sindicatos rurais. Neste momento, é contribuir para agravar a situação de calamidade”, adverte.