Se as entidades do varejo garantem não haver risco de desabastecimento de alimentos no comércio, a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) também assevera que a produção no campo se mantém em meio à escalada da pandemia do coronavírus no país. Hoje, o setor agrícola do Brasil é responsável por garantir alimentos para 1,6 bilhão de pessoas mundo afora.
Em meio ao cenário de crise, porém, o setor primário pode necessitar de reforço para escoar a produção, adverte o economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz. “O risco de desabastecimento de alimentos por conta da produção agrícola é zero. Agora, é claro que nós temos que olhar para o varejo, a indústria de alimentos a fim de que tenhamos algum tipo de proteção”, considera.
Da Luz segue a mesma orientação da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que garantiu, nessa quarta, que a produção agrícola do Brasil vai prosseguir em meio às medidas de combate ao coronavírus.
De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), as medidas aplicadas pelos governos no combate à doença – como isolamento social – não podem ser absolutas, e a cadeia de produção e comercialização de alimentos deve permanecer sem alterações, assim como os serviços de saúde, uma vez que a demanda não baixa em função da crise.
Devido ao coronavírus, a Farsul também adotou medidas conforme orientações dos órgãos oficiais de saúde, priorizando a vida humana. Além do cancelamento de atividades, funcionários foram liberados para trabalhar de casa. Apenas serviços essenciais serão realizados durante um período indeterminado.
Economista de formação, da Luz também apelou que as pessoas evitem o “o efeito manada achando que o mundo vai acabar” ao estocarem de maneira irresponsável alimentos e produtos de higiene no varejo gaúcho, deixando de lado o espírito de coletividade.