Mesmo com júri suspenso, réu do caso Kiss comparece no local do julgamento

A suspensão é valida até o julgamento pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul

Foto: Renato Oliveira / Especial / CP

Mesmo com o julgamento suspenso do 1° Júri do caso da boate Kiss, com determinação do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Rogério Schietti Cruz, o réu Luciano Bonilha Leão compareceu no local da sessão no Centro de Eventos da Universidade Federal de Santa Maria nesta segunda-feira. Um dos acusados pela tragédia da boate Kiss, no dia 27 de janeiro de 2013, Leão chegou ao local às 9h.

“Ficarei aqui. Não posso acreditar que tenham suspendido um julgamento de tamanha importância. Lamento a posição. Eu me considero inocente. Espero que a decisão de quarta-feira seja para que o meu julgamento ocorra em Santa Maria, pois foi aqui que aconteceu tudo. A minha consciência está tranquila e lamento a decisão da suspensão do julgamento,” concluiu.

No ano passado, os outros três réus – Elissandro Callegaro Spohr, Mauro Londero Hoffmann e Marcelo de Jesus dos Santos – tiveram os pedidos de troca de comarca concedidos pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Com isso, devem ser julgados em Porto Alegre, em data a ser definida.

O MP alegou que os jurados da cidade onde ocorreu o incêndio podem agir com parcialidade excessiva. O temor é que, com dois julgamentos separados (e, assim, sentenças diferentes), as defesas dos réus possam pedir a nulidade dos processos, atrasando ainda mais a condenação.

A suspensão é valida até o julgamento pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul do pedido de desaforamento feito pelo Ministério Público (MP). A expectativa, agora é de que a 1ª Câmara Criminal do TJRS analise, na quarta-feira, o mérito do pedido de desaforamento do júri popular de Bonilha. Se a troca de comarca for deferida, todos serão julgados em Porto Alegre.