Com mais de 100 suspeitas no RS, Lacen é credenciado a diagnosticar coronavírus

Expectativa é reduzir o prazo de divulgação do resultado final

Foto: Divulgação/SES

O Laboratório Central do Estado do Rio Grande do Sul (Lacen/RS) é um dos credenciados pelo Ministério da Saúde a diagnosticar o coronavírus surgido na China. Atualmente, casos suspeitos do RS que não tenham outra causa identificada nas primeiras análises dependem de exames complementares realizados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. Com isso, a expectativa é diminuir o tempo de divulgação do resultado final.

Para a realização das análises, o Lacen aguarda o recebimento de insumos produzidos pelo laboratório de Biomanguinhos da Fiocruz e a capacitação para o processo. A expectativa é que isso aconteça ainda em março.

Além do RS, o Ministério anunciou a descentralização do exame para o Amazonas, Pará, Roraima, Bahia, Ceará, Pernambuco, Sergipe, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina, contemplando todas as regiões do país.

Atualmente, quatro laboratórios fazem o teste para diagnóstico do coronavírus: Fiocruz (Rio de Janeiro), Instituto Evandro Chagas (no Pará) e Instituto Adolfo Lutz (em São Paulo), além do Laboratório Central de Goiás, capacitado para realização de exames específicos para coronavírus de brasileiros repatriados da China que ficaram na base aérea de Anápolis (GO).

RS soma 104 suspeitas da doença 

Até a data de hoje, o Rio Grande do Sul notificou 155 casos suspeitos de coronavírus, 13 a mais em relação ao boletim anterior. Entre os notificados, 104 permanecem sob investigação, 25 foram descartados para COVID-19 e 26 foram excluídos por não se enquadrarem no critério de suspeição.

Entre os casos notificados, 88 (57%) envolveram pessoas do sexo feminino e 67 (43%) do sexo masculino (Tabela 2). A faixa etária com maior número de suspeitas é que vai dos 20 aos 39 anos, com 76 (49%).