A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo concluiu, nesta sexta-feira, o inquérito que apurou a conduta dos 31 policiais militares envolvidos na ação que culminou nas mortes de nove jovens em 1º de dezembro, na favela de Paraisópolis. O documento chegou ao Ministério Público estadual, que vai avaliar as conclusões e pode devolver o inquérito para diligências complementares.
Segundo informações da Record TV, o documento da Corregedoria, com mais de 1,6 mil páginas, concluiu que a ação dos policiais foi lícita e que eles agiram em legítima defesa.
A Polícia Civil, no entanto, segue apurando a ação dos militares envolvidos na repressão ao chamado Baile da Dz7.
Caso
A ação policial resultou em nove mortes. Os jovens foram pisoteados durante a confusão. Outros se feriram. No mesmo dia do baile, porém, a União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis criticou a operação policial. Em nota, a entidade afirmou que quem precisa proteger “acaba provocando mais violência” na comunidade da zona Sul.
No dia que sucedeu a tragédia, pessoas presentes ao baile e moradores do bairro protestaram e, entre outras demandas, pediram por justiça e pelo fim da Polícia Militar.
Os primeiros posicionamentos do governador João Doria a respeito do caso foram de isentar os agentes que estiveram na madrugada das mortes. Dias depois, no entanto, Doria afirmou que pretendia revisar os protocolos de conduta da Polícia Militar.
Todos os PMs envolvidos com a ação foram afastados e ainda permanecem em trabalhos administrativos, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.