A Polícia Civil de São Paulo prendeu, na madrugada deste sábado, Francisco Teotônio da Silva Pasqualini, suspeito de ser o mentor intelectual do roubo de ouro no terminal de cargas do aeroporto de Guarulhos, em julho do ano passado. A quadrilha levou cerca de 750 kg de ouro a serem embarcados em aviões. O valor estimado da carga era de R$ 120 milhões.
Na conclusão do inquérito, em agosto do ano passado, o delegado Pedro Ivo Corrêa já havia afirmado que a primeira fase da investigação indicou Pasqualini como chefe da quadrilha.“Ele tinha armamento e conhecimento para arregimentar outros para a participação no roubo”, explicou Corrêa. A prisão dele e de outros suspeitos já havia sido decretada em 2019.
Policiais civis do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) localizaram o suspeito ao verificar uma denúncia de tráfico de drogas nas proximidades da favela de Heliópolis. Ao ser abordado, Pasqualini admitiu que era fugitivo.
De acordo com a investigação policial, Pasqualini tinha um relacionamento com a irmã de Peterson Brasil, outro preso envolvido no roubo milionário. Brasil é acusado de ter aatraído Peterson Patrício, funcionário do aeroporto, a participar do crime. Patrício que disse, em primeiro momento, ter sido feito refém e, em seguida, confessou participação.
Pasqualini, segundo o delegado, já tinha passagens por roubo a carro forte, em 1982 e 1993. Corrêa disse, também, que integrantes do grupo participaram de outros grandes roubos, como o da Prossegur, no Paraguai.