Um grupo de mulheres ligadas ao PSol de Porto Alegre lançou, nesta semana, uma proposta que pode trazer um elemento inovador à campanha eleitoral deste ano: a candidatura coletiva de sete pessoas para o exercício compartilhado do mandato de vereadora. A experiência já ocorre nas Assembleias Legislativas de São Paulo e de Pernambuco.
Segundo a servidora pública Marlise Paz, que trabalha como assessora de Relações Étnico-raciais no Instituto Federal do RS, a ideia central é constituir um “olhar diverso” sobre a cidade e as frentes de atuação de uma parlamentar municipal. “Além da diversidade de pautas identificadas com as lutas do movimento negro, feminista, da educação, sindical e estudantil, também há um elemento de amplitude da territorialidade e conhecimento da cidade, já que cada uma de nós reside e vive a realidade em áreas diferentes de Porto Alegre”, conta Marlise.
Além dela, fazem pré-candidatura Berna Menezes, da executiva nacional do PSol; Neiva Lazzarotto, que é professora e ex-dirigente do Cpers; a professora Simone Flores; Tamyres Filgueira, ex-rodoviária da Carris e servidora da Ufrgs; Laís Camisolão, aposentada; e a estudante Victoria Miranda.
Conforme o presidente do PSol de Porto Alegre, vereador Roberto Robaina, as candidaturas coletivas garantem o mesmo trânsito que as tradicionais no partido. “É algo positivo. É importante que as pessoas se agrupem, fortaleçam ações em coletividade e se apropriem cada vez mais dos espaços da política, nos movimentos sociais e da atuação em comunidade”, define.