A seca que atinge o Rio Grande do Sul afeta diretamente a vegetação nos parques e praças, e resultou em um incêndio no fim da manhã desta quinta-feira no Parque Marinha do Brasil, em Porto Alegre. O fogo queimou uma extensa área de grama e atingiu algumas árvores próximas à avenida Edvaldo Pereira Paiva. Bombeiros Militar foram acionados pela equipe de manutenção da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams), que atua no local.
Com mais de três décadas no serviço público, o jardineiro João Alberi Santos de Oliveira, de 66 anos, combateu as primeiras chamas e atribuiu o incêndio a alguma bagana acesa de cigarro ou uma garrafa ou vidro quebrado, capaz de produzir um efeito concentrado dos raios solares sobre um ponto específico. “O fogo foi alto. Está muito seco”, enfatizou Oliveira, que encontrou uma cobra de pequeno porte, já morta, em meio à grama queimada.
O principal elemento potencializador de incêndios como o ocorrido no Parque Marinha é o período de pouca chuva que deixou grande parte da vegetação de Porto Alegre com coloração amarelada e consistência semelhante à palha. “Está tudo seco, então a propagação (do fogo) é muito maior”, explicou o tenente Maximiliano Pires, da Divisão de Operação e Defesa Civil do 1º Batalhão de Bombeiros Militar. De acordo com o oficial, é difícil saber o que causou o incidente, mas ele entende que de fato é possível que tenha sido em função de bagana de cigarro ou até mesmo de um caco de vidro.
Esse tipo de ocorrência, observou, costuma ocorrer geralmente em áreas de mato fechado, como os morros Santana e Embratel. A principal recomendação, conforme o tenente Maximiliano Pires, é a de que a população denuncie para a Brigada Militar ou Guarda Municipal quando perceber alguém atirando lixo ou ateando fogo em qualquer tipo de resíduo.