O Cpers Sindicato marcou para terça-feira (14), às 13h30, uma assembleia geral da categoria. O encontro que vai ocorrer na Escola José Cândido de Godoi (avenida França, 400, bairro Navegantes) vai debater a proposta apresentada pelo governo estadual, nesta quarta-feira, para dar fim à greve em escolas ainda paradas desde 18 de novembro.
Hoje, o secretário da Educação, Faisal Karam, ofereceu aos servidores o pagamento do período sem atividade, em até cinco dias úteis, através de uma folha suplementar. O valor, no entanto, vai ser descontado dos contracheques dos professores, nos próximos meses, de modo escalonado. Parte dos professores completou hoje 51 dias de paralisação.
Durante reunião, Karam explicou que o governo adotou o mesmo método de negociação com outras categorias em greve. E apontou que o objetivo é garantir a retomada do ano letivo.
Segundo a presidente do sindicato, Helenir Schürer, a oferta do governo não é satisfatória. “Não é a proposta que a categoria nos autorizou a aceitar; para isso, nós vamos chamar uma nova assembleia”, afirmou.
Ano letivo de 2020
Com a resposta do governo, o Cpers coloca em xeque o início do ano letivo de 2020. Helenir Schürer estima que, com o desconto, os professores possam articular uma nova greve. “É muito difícil… A categoria, eu tenho certeza, dificilmente aceitará um desconto”, observou a presidente do sindicato.
O secretário da Educação, por outro lado, prevê o reinício das aulas a partir de 19 de fevereiro nas escolas que encerraram o ano letivo dentro do prazo. As demais, segundo karam, vão voltar a funcionar após as férias dos professores. “Essas, provavelmente, comecem com 12 e 15 de atraso em relação à data de 19 de fevereiro”, concluiu.