Uma pesquisa feita pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Afenac) mostra que 87% dos brasileiros pretendem utilizar o 13º para honrar dívidas em 2019. Há dez anos, esse percentual era de cerca de 64%.
De acordo com o levantamento, apenas 5% dos entrevistados afirmaram que vão usar o valor adicional de fim de ano para comprar presentes. Além disso, 2% responderam que pretendem guardar a quantia para as despesas tradicionais de início de ano, como IPVA e IPTU, principalmente e outros 2% vão poupar o dinheiro. Há ainda aqueles que pretendem investir em reforma ou compra da casa própria (1%) e os que já receberam o 13º como adiantamento ao longo do ano (3%).
Para o presidente do Instituto de Protesto-MG, Leandro Santos Patrício, o dinheiro extra é a oportunidade de começar 2020 sem estar no vermelho. “É um momento oportuno para saldar as dívidas antes do final do ano e poder aproveitar as promoções de natal e ano novo”, destacou.
Patrício esclarece que clientes com dívida e que estejam com o nome sujo, além de ter ressalvas para créditos, também não podem retirar talão de cheque, solicitar cartão de crédito, além de ficarem restritos para fazer financiamentos, entre outras sanções.
Bola de neve
Segundo a planejadora financeira Annalisa Dal Zotto, é importante não adotar linhas de crédito que possam fazer com que a pessoa entre em uma bola de neve, como o cheque especial. “Porque o que é mais caro é o cheque especial, é o atraso da fatura do cartão, ou o parcelamento do cartão de crédito. Então vamos supor que a pessoa tenha um carro quitado, ela pode dar um carro em garantia”, conta.
“As linhas de credito vão aumentando os juros conforme aumenta o risco da empresa de não receber, essa é a teoria. Então, quando a gente dá um bem em garantia a gente financia a dívida. A taxa de juros despenca, ela é muito menor”, explica.