Samu lança aplicativo para criar rede de proteção ao coração

Previsão é cadastrar de oito a dez mil profissionais da área da saúde, além de voluntários e estudantes

Foto: Guilherme Testa/CP

O Samu de Porto Alegre lançou hoje o aplicativo “Coração no Ritmo Certo”, que vai cadastrar voluntários para atender emergências envolvendo parada cardiorrespiratória. A ferramenta, conforme a Prefeitura, torna Porto Alegre a primeira cidade “cardioprotegida do país”. Os voluntários, que receberão treinamento, darão suporte ao paciente até a chegada da ambulância no local da ocorrência.

O projeto é pioneiro no País. Para quem usa smartphones com sistema operacional Android, o app vai estar disponível na próxima semana. Já os usuários do sistema IOS terão acesso apenas em janeiro de 2020. No primeiro ano, o aplicativo deve operar como projeto piloto, com prazo para ajustes e aprimoramento.

De acordo com o coordenador do Samu Porto Alegre, Marcos Mottin, “com o aplicativo, montaremos uma rede de proteção ao coração. Em uma PCR, tempo é músculo”. Na prática, a cada minuto sem atendimento, o paciente em parada perde 10% da chance sobrevivência.

A previsão é cadastrar de oito a dez mil profissionais da área da saúde, além de alunos de cursos da área e cidadãos que se disponibilizem voluntariamente. Depois dessa etapa, os aprovados para a função receberão treinamento pelo próprio Samu.

Após a capacitação, a o aplicativo também vai disponibilizar, através de georreferenciamento, a localização de desfibriladores externos automáticos para auxiliar no socorro.

“Os voluntários serão acionados a qualquer momento, e quem estiver mais próximo de uma pessoa com parada cardiorrespiratória poderá realizar as manobras na vítima enquanto a ambulância do Samu desloca-se até o local”, disse a secretaria da Saúde.

Hoje, o Samu conta com aproximadamente 300 servidores em Porto Alegre. São 16 ambulâncias, 13 para suporte básico e três avançadas. Ao mês, são 30 mil chamadas ao 192, das quais 12 mil são casos de atendimento pela central de regulação e outras seis mil exigem deslocamento de ambulâncias.