O Partido dos Trabalhadores (PT) encerrou, neste domingo, o 7º Congresso Nacional da sigla, na Casa de Portugal, centro de São Paulo, com a reeleição da deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) à presidência nacional da sigla. Ela computou 558 votos, dos 792 votantes, totalizando 71,74%. “Essa expressividade de votos só me dá mais responsabilidade diante das tarefas e dos desafios que o PT tem daqui para frente. Não são poucos”, afirmou ela, aos presentes, defendendo a importância da unidade do partido.
“Acreditamos na história desse partido e acreditamos na esperança que o povo brasileiro tem em relação a nós”, disse, antes de elogiar os colegas que estavam na disputa pela presidência nacional. Margarida Salomão, deputada federal (MG); e Walter Pomar, historiador filiado ao PT, eram candidatos. O deputado federal Paulo Teixeira (SP) retirou o seu nome da disputa.
A tese vencedora no Congresso, da corrente Construindo um Novo Brasil, reafirma a oposição do PT ao governo, mas sem a defesa do “fora Bolsonaro”. “A ideia é ter um projeto mais global para o país”, diz o senador Humberto Costa (PE). Segundo ele, as eleições de 2020 não estão entre os temas principais em discussão, mas ele confirmou que a tendência do PT é apresentar candidaturas próprias ou formar alianças com outras siglas de esquerda.
Na abertura do evento, o ex-presidente Lula fez um longo discurso, no qual defendeu a polarização com o governo Jair Bolsonaro, defendeu os feitos dos governos petistas e se recusou a fazer autocrítica em relação aos erros cometidos pelo partido. Segundo Lula, “um pouco de radicalismo faz bem à nossa alma”, embora tenha afirmado que não considera o PT um partido “radical”. Segundo ele, setores da política tentam misturar polarização com radicalização.