O governador Eduardo Leite (PSDB) assinou ofício, nesta sexta-feira, confirmando o corte de ponto de professores que entraram em greve na rede estadual de ensino. Desde segunda-feira, os educadores cruzaram os braços em protesto contra o pacote enviado pelo Executivo à Assembleia, alterando as regras do funcionalismo e o plano de carreira dos servidores. Eduardo Leite admite abrir uma negociação com o Magistério para discutir a compensação dos dias parados da primeira semana de greve. Já quem continuar paralisado, a partir de segunda-feira, o chefe do Executivo adverte que não vai negociar.
“O Estado admite fazer negociação de compensação dos dias parados ao longo desta semana da greve. Mas, a partir de segunda-feira, estaremos descontando e não vamos mais fazer negociação. O governo está aberto ao dialogo, mas não dá para aceitar que essa greve ocorra sem justificativa, por conta da prestação de um serviço que é essencial, em fim de ano letivo, para a população”, afirmou.
Eduardo Leite também criticou a postura adotada pelo Cpers Sindicato com relação ao pacote do Executivo. Na proposta, o Executivo apresentou mudanças no plano de carreira do Magistério, como o fim dos adicionais por tempo de serviço, equiparação do piso nacional, além da divisão da categoria em cinco níveis com seis classes.
“Estamos buscando esclarecer e acho que há muita má compreensão. Especialmente, o sindicato dos professores distorce muito as informações que estão sendo ofertadas para sua categoria, gerando uma mobilização que fala em perdas, quando não há perdas para os professores. Porque a tabela, toda ela, é superior à tabela existente. A lei que define as regras da categoria dos professores vigora, sem atualização, desde 1974.
Conforme levantamento do Cpers, 1.514 foram afetadas pela greve do Magistério, nesta sexta-feira. Já a Secretaria da Educação (Seduc) contabiliza 1.042 instituições de ensino impactadas pela greve dos professores. A rede estadual conta com 2,5 mil.