Inaugurada sala de monitoramento das bacias dos rios Caí, Taquari e Uruguai

Serviço oferece dados em tempo real e previsão hidrológica à Defesa Civil

Serviço oferece dados em tempo real e previsão hidrológica à Defesa Civil | Foto: Ricardo Giusti / CP

Para evitar problemas decorrentes de desastres naturais e auxiliar em ações de prevenção em áreas vulneráveis a inundações, volume de chuva e alta dos níveis dos rios Taquari, Caí e Uruguai, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) inaugurou, na Superintendência Regional de Porto Alegre, a Sala de Monitoramento dos Sistemas de Alerta Hidrológicos (SAH), nesta quarta-feira. Entre outros, o objetivo da iniciativa é realizar monitoramento em tempo real nessas regiões e disponibilizar a previsão hidrológica à Defesa Civil local e à população.

Chefe do projeto da Bacia do Caí, o engenheiro hidrólogo Emanuel Duarte explica que o monitoramento nas três bacias garante cobertura superior a 50% do território do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, salvaguardando a vida de mais de meio milhão de habitantes. Duarte ressalta que o lançamento da sala consolida um projeto desenvolvido há nove anos. “Vai nos permitir monitorar, em tempo real, agregar esses dados e fazer previsões melhores do que haviam sido feitas até então. A gente vai conseguir dilatar essa previsão temporal e isso vai permitir que a Defesa Civil tenha planejamento mais efetivo das ações em situações de risco”, observa. Cinco engenheiros vão permanecer na sala de monitoramento, além da equipe de operação de campo, com mais 19 técnicos.

Conforme Duarte, ao longo dos próximos meses a ideia é produzir novos mapas de inundação onde qualquer pessoa, com acesso à internet, vai poder simular um evento do tipo. “Vai ser possível verificar, com horas de antecedência, se a residência vai ser atingida e o nível a que o rio pode chegar em cada localidade”, completa.

Para o especialista a inauguração da sala é um marco em ‘termos de eficiência’ no monitoramento hidrológico e de gestão de risco. “O serviço vai funcionar em tempo real, 24 horas por dia, com essa transmissão de volumes gigantescos de dados que chega aqui no escritório”.

Duarte enfatiza ainda o baixo custo operacional do projeto da bacia do Caí, considerado o menor dos três, que é de R$ 70 mil ao ano. Em 2016, um estudo realizado pela equipe projetou que os danos provocados a conteúdos de edificações, prédios, residências, mobiliários, eletrodomésticos, acarretou em prejuízo estimado em R$ 55 milhões.