O deputado estadual Rodrigo Maroni (Podemos) protocolou, na Assembleia Legislativa, um projeto de lei que dispõe sobre o controle, plantio, produção e comercialização de maconha no âmbito do Rio Grande do Sul. A proposta libera três formas de acesso à substância: pelo cultivo para uso pessoal, limitado a 480g por ano; pelo cultivo em clubes com até 45 sócios, ou através de compra em farmácias, restrita a maiores de idade. Para adolescentes, o consumo e o uso seguem proibidos, de acordo com o texto.
O parlamentar sustenta ter se inspirado em países como Uruguai, Holanda e Estados Unidos, onde a liberação da droga reduziu a violência provocada pela venda ilegal, através de traficantes. “Não dá para fingir que não existe o consumo de drogas ilícitas. Hoje a droga é encontrada em qualquer bairro de todos os municípios do estado e todo mundo sabe”, salienta.
“Nós não devemos estimular que as pessoas usem drogas, o que devemos é regular o consumo que já existe. Dessa maneira, o dinheiro movimentado pelo narcotráfico pode vir para o estado, gerando verba para saúde, educação e, sobretudo, para a segurança, que despende tempo, dinheiro”. Maroni enfatiza, ainda, que a ideia também é preservar vidas dos agentes da Polícia, que mais “enxuga gelo” do que consegue combater o narcotráfico.