Eduardo Leite diz que pacote econômico faz reflexões oportunas

Governador gaúcho diz que emancipações de municípios foram legítimas, mas que extinção merece reflexão da sociedade.

Governo do Estado vive hoje
Governo do Estado vive hoje "Dia D" sobre pacote de reformas | Foto: Felipe Dalla Valle/Palácio Piratini

Um dia depois da apresentação do pacote econômico do governo federal ao Congresso, o governador do Rio Grande do Sul fez uma avaliação das mudanças previstas. Eduardo Leite (PSDB) saudou o movimento do ministro da Economia, Paulo Guedes, principalmente, os que tratam da distribuição dos recursos entre União, estados e municípios.

É, justamente, sobre as cidades que a PEC do Pacto Federativo tem um de seus pontos mais polêmicos. O texto propõe a extinção dos municípios sem capacidade para se manter com receita própria. No Rio Grande do Sul, 45% das cidades seriam afetadas com a medida, conforme apontou levantamento da Rádio Guaíba. Para Eduardo Leite, o tema merece uma reflexão, apesar da complexidade. “Há que se respeitar que as emancipações feitas foram frutos de decisão da população num momento histórico específico e que teve legitimidade”, ponderou.

Redistribuição de recursos

O governador disse que outros pontos da reforma proposta pelo Planalto merecem mais destaque do que a possibilidade de redução de municípios. Para Eduardo Leite, a PEC apresentada por Paulo Guedes está no caminho correto. “A direção que o governo federal aponta é correta e os outros pontos de redistribuição de recursos e de responsabilidade entre os entes federativos devem merecer mais atenção”, sustentou.

O pacote de reformas econômicas é composto por seis itens. Entre elas, há medidas que tratam do Novo Pacto Federativo, da emergência fiscal e dos fundos, além de um projeto de lei de privatizações. Com as mudanças, poderão ser transferidos R$ 400 bilhões a estados e municípios nos próximos 15 anos.