Em Porto Alegre para participar de um evento de preparação para as eleições municipais de 2020, o presidente nacional do Novo e ex-candidato à presidência da República, João Amôedo, ressaltou serem favoráveis as expectativas para o pleito do ano que vem. Entre as mudanças que podem beneficiar o partido, o fato de que, com a composição de bancada no Congresso, o Novo passa a ter tempo de horário eleitoral. Além disso, o partido também pode participar dos debates, o que não ocorreu nos anos anteriores.
Amôedo ressaltou que uma das alterações nas regras eleitorais, que trata das coligações, já se resolveu internamente no partido. “Muitas vezes (as coligações) é para dividir o tempo de televisão e em benefício a acordos locais. Mas é difícil (no caso do Novo), até porque uma das primeiras coisas que a gente prega é a não utilização de recursos públicos. E, com exceção do Novo, todos os partidos fazem uso do fundo, o que dificulta o entendimento”, detalhou.
Ao detalhar as diferenças do partido, ele citou o fato de que os candidatos normalmente são pessoas que concorrem pela primeira vez, mas, no Novo, devem antes passar por um processo de seleção. Assim, Amôedo disse acreditar que a legenda tende a crescer com qualidade na próxima eleição.
Em 2018, Amoêdo defendeu um discurso de renovação na política e ficou em 5° lugar ao somar mais de 2,6 milhões de votos à corrida presidencial. O ex-banqueiro ficou na frente de Henrique Meirelles (MDB) e de Marina Silva (Rede).
Bolsonaro
O presidente do Novo também demonstrou preocupações em relação ao início do governo do presidente Jair Bolsonaro. Citou que não são favoráveis as polêmicas, o ataque às instituições e o discurso de disputa eleitoral. Apesar de ter um filiado no ministério de Bolsonaro, Ricardo Salles (Meio Ambiente), ele ressaltou que o partido não compõe o governo. O ministro teve o nome escolhido pelo presidente, mesmo sem ter sido indicado pela legenda.