A Petrobras não deve repassar imediatamente a disparada do preço do petróleo para o consumidor brasileiro. A estatal deve avaliar o comportamento do preço do petróleo nos próximos dias para decidir se vai ou não revisar os preços de derivados no Brasil. Na prática, significa que, por ora, a petroleira vai segurar os preços dos combustíveis, que subiram em função de um ataque com drones a instalações de petróleo na Arábia Saudita, no fim de semana. As informações foram divulgadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.
A ideia é dar continuidade à política atual, que atrela os preços às cotações no mercado internacional, com repasses à medida em que há mudança de patamar dos valores.
Para se resguardar de prejuízos financeiros enquanto não repassa altas no mercado externo para o consumidor, a companhia recorre ao artifício financeiro de hedge, instrumentos de proteção para compensar oscilações de curto prazo.
Especialistas e investidores advertem, porém, a necessidade de a empresa não ser usada para atender às demandas do governo, como aconteceu no passado, quando a empresa foi usada para segurar a inflação. A companhia mantinha os preços dos combustíveis inalterados apesar das oscilações externas, o que gerou um rombo de caixa.