Uma operação de guerra foi montada em frente ao Hospital Badim, na zona norte do Rio, de Janeiro. O local pegou fogo no fim da tarde desta quinta-feira. Após o incêndio ser controlado, segundo informações do Corpo de Bombeiros, o cuidado maior foi na remoção dos pacientes graves, que não puderam ser retirados de imediato, por estarem em centros de Tratamento Intensivo (CTIs).
A assessoria da Rede d’Or, a qual o Badim é associado, confirmou que um paciente em estado grave morreu após deixar o prédio atingido pelo incêndio, devido à inalação de fumaça tóxica.
Depois da saída dos pacientes que podiam ser removidos de imediato, os bombeiros e as equipes de emergência começaram a evacuar os casos mais graves, a partir das 21h.
Grupos de médicos, enfermeiros e técnicos corriam pedindo passagem entre a multidão que se aglomerou em volta, incluindo parentes e amigos de pacientes. Os profissionais levavam equipamentos de sustentação, como monitores cardíacos e tubos de oxigênio.
Mais cedo, logo após a notícia de incêndio se espalhar pelos corredores, por volta das 17h, a rua São Francisco Xavier se transformou em um ambulatório ao ar livre. Pacientes eram trazidos dos dois prédios do hospital e acomodados em colchões. Em seguida, eram levados para uma creche e para a garagem de um edifício, vizinhos ao hospital, ou transportados em ambulância para hospitais e clínicas nas imediações.
A Rede d’O informou que enviou ambulâncias de outros hospitais da rede para transferir os pacientes. Muitos foram levados para hospitais da Tijuca, um dos bairros da zona norte mais bem servidos de hospitais particulares.
A Secretaria de Estado de Saúde informou que também está auxiliando na retirada dos pacientes. Em nota, a secretaria disse que, ao todo, 15 ambulâncias dos hospitais Getúlio Vargas, Carlos Chagas, Adão Pereira Nunes e de diversas unidades de Pronto Atendimento (UPAs) foram enviadas ao local. Unidades hospitalares do estado também disponibilizaram leitos para pacientes.
Além das ambulâncias, o Instituto de Assistência aos Servidores do Estado (Iaserj), que fica a poucos metros do local do incêndio, recebeu pacientes da unidade, que foram estabilizados e transferidos a outras unidades.