A Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre informou que os estoques de vacina pentavalente voltaram a cair na rede pública da cidade. Ao menos 33 das 140 unidades de saúde não possuem mais doses do imunobiológico. Inclusa no Calendário Básico de Vacinação da Criança, a dose é importante para prevenir uma série de doenças, como hepatite B, difteria, tétano e coqueluche.
Conforme a Secretaria, a Capital vem atendendo moradores de outros municípios da região Metropolitana desabastecidos totalmente pela vacina. O Ministério da Saúde repassa as doses para a Secretaria Estadual de Saúde (SES), que as encaminha para cada cidade.
A SES informou não ter condições de reabastecer os municípios que sofrem com a falta da vacina após a suspensão da compra do produto pelo governo federal. Sendo assim, não foram realizados os repasses das doses de agosto e setembro pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Já em nota técnica, o governo federal informou que o abastecimento só deve ser retomado em outubro. O País demanda cerca de 800 mil doses mensais da vacina, aplicadas em bebês aos dois, quatro e seis meses de vida.
O Ministério da Saúde informou que parte da vacina, adquirida por intermédio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), teve lotes reprovados em testes de qualidade. Por esse motivo, as compras com o antigo fornecedor, o laboratório indiano Biologicals E. Limited, foram interrompidas pela Organização Mundial da Saúde.
O Ministério solicitou a reposição do fornecimento à Opas. No entanto, não há disponibilidade imediata da vacina pentavalente no mundo. As 6,6 milhões de doses começaram a chegar de forma escalonada em agosto no Brasil.
Vacina faltou no início do ano
Em fevereiro deste ano, a Guaíba já havia informado que o Rio Grande do Sul enfrentou falta de doses da vacina pentavalente. O Ministério da Saúde, na época, garantiu que não havia doses para importação.