O Residencial Terapêutico Lar da Amizade é o segundo entregue em 24 horas pela Prefeitura de Porto Alegre. O serviço, inaugurado nesta sexta-feira, funciona no bairro Vila Ipiranga, na Zona Norte. O Instituto Renascer será o responsável pelo local, que dispõe de dez vagas e serviço 24 horas. Os residenciais unem moradia temporária, tratamento e processo de reinserção social de usuários com transtornos mentais.
A equipe conta com três profissionais no período diurno (um técnico de enfermagem e dois cuidadores), dois cuidadores no período noturno, uma enfermeira, profissional de higienização e cozinheira, e uma coordenação (psicólogo, assistente social ou terapeuta ocupacional). A estrutura e contratualização foram efetivadas por chamamento público lançado pela prefeitura em julho de 2018. O serviço será monitorado pela Secretaria de Saúde, através de dados quantitativos e qualitativos sobre os atendimentos.
Nessa quinta-feira, foi inaugurado também o Residencial Terapêutico Nise da Silveira, no bairro Intercap. Desde 1995, o município não abria novos serviços desse tipo. Até então, Porto Alegre tinha 14 vagas nesta modalidade de atendimento. Até o final deste ano, serão 44 vagas e, até 2020, 114. O secretário municipal de Saúde, Pablo Stürmer, ressalta a importância do projeto. “O hospital é importante para o tratamento, mas não é uma casa. Aqui, essas pessoas terão um lar. Além disso, vamos liberar vagas em hospitais para quem realmente precisa”, explica.
A vigência dos termos de colaboração é de 60 meses, e o repasse mensal será de R$ 57 mil para cada residencial terapêutico. Outros dois serão inaugurados até o fim do ano em parceria com o Instituto Renascer. Os residenciais terapêuticos são serviços estratégicos para o Município. Fazem parte do Plano Municipal de Superação da Situação de Rua e do Plano Municipal de Saúde Mental. Cerca de 100 pessoas com transtornos mentais graves ou persistentes devem ser beneficiadas em cada um.
Esses locais funcionam como residência com atividades de reabilitação psicossocial para egressos, prioritariamente, de internações psiquiátricas e de hospitais de custódia, que não possuam suporte financeiro, social e/ou laços familiares que permitam outra forma de reinserção. Podem acolher também pessoas em situação de rua e que tenham transtorno mental diagnosticado. “Gestor que investe em saúde investe corretamente. Tem coisas que podem esperar, mas saúde nunca pode”, salienta o presidente do Instituto Renascer, Ricardo Cabreira.