O setor lácteo está em um momento de ajuste e de expansão, com adaptações para o cumprimento de normativas em busca de qualidade e avanço. Foi assim que presidente da Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil/RS) iniciou sua conversa com jornalistas, em coletiva realizada na manhã desta quarta-feira, 28 de agosto na casa da entidade no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), durante a Expointer.
Conforme o presidente da Apil/RS, Wlademir Dall`Bosco, O Brasil se projeta, num prazo de de 8 a 10 anos, que e torne um grande exportados de produtos lácteos. Segundo o dirigente, além de genética avançada e tecnologia, na atividade primária, principalmente do Rio Grande do Sul, o leite só perde para a cultura da soja. “O PIB do leite só perde para carne bovina suína ou frango, com ipacto enorme na economia gaúcha”, disse Dall´Bosco.
O presidente da Apil/RS também destacou que hoje as 40 empresas associadas processam um milhão e 800 mil litros de leite por dia, além de 80% do queijo produzido no Estado. Além disso, 50% do leite e queijo gaúchos são comercializados fora do estado “O crescimento da produção foi de 4% este ano”, destacou Dall’Bosco, o que pode levar a região Sul como a de maior produção de leite do Brasil. “Isto nos leva ao encontro do mercado internacional, devido ao excedente de produção”, concluiu.
Com relação a uma abertura para o mercado chinês, o presidente destacou que não falta muito para que isto se concretize. Segundo ele, algumas plantas já estão habilitadas para a exportação não só no Estado como no restante do país e outras ainda podem vir a se habilitar. “A dificuldade está no preço que não é competitivo para exportar”, lamentou.
Dall`Bosco informou que o leite em pó integral na China, deve chegar a U$ 3 mil a tonelada. “Ainda não conseguimos produzir a este custo, desde a produção, a compra, transformação, logística, embarque até o transporte, no impede produzir até este custo”, esclareceu. Segundo o dirigente, há um custo de produção no campo muito elevado. Uruguai e Argentina tem um custo médio dos últimos cinco anos, 12% menor do que o brasileiro. Para reduzir o custo de produção é preciso chegar no preço dos insumos, ração, minerais, combustíveis, sementes, mão de obra, caminhão, pneu, todos altamente tributados.
Conforme o presidente da Apil/RS, é necessário que o sistema de tributação seja modificado para que o produtor tenha isenção tributação e a cobrança fique na ponta final, no consumidor. Como exemplo, ele cita um maquinário, que no Brasil, custa 40% mais do que na Argentina por conta dos impostos. “Temos que pagar depois do produto pronto”, afirmou.