Pesquisa mostra que 67% querem comprar presente no Dia dos Pais

Levantamento indica que consumidores pretendem gastar, em média, R$ 190 com os "mimos", com previsão de movimentar cerca de 20 bilhões

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Foto: Guilherme Testa / CP

O Dia dos Pais não é tão popular como o Dia das Mães, Namorados e Natal. Mas a expectativa para este ano é que a data dê uma aquecida nas vendas do comércio brasileiro. Levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) nas 27 capitais brasileiras, mostra que 67% dos consumidores pretendem ir às compras para presentear os pais.

Segundo o SPC, o índice representa um aumento de seis pontos percentuais em relação a 2018. A previsão é que aproximadamente 105 milhões de pessoas comprem presentes para os pais no segundo domingo de agosto.

Quer pagar quanto?

O valor que os entrevistados pretendem gastar também subiu: em média, o valor que as pessoas querem pagar é de R$ 189,98, R$ 41 a mais do que em 2018 – o que deve movimenta cerca de R$ 20 bilhões no comércio.

Mas isso não significa que todos os entrevistados pretendem investir mais na compra do presente: A maior parte (43%) dos entrevistados deve comprar apenas um presente e apenas 26% devem gastar mais para agradar o pai. Destes, 43% querem adquirir presentes melhores e 28%, aproveitar o aumento do seu salário.

Uma parte (38%), no entanto, planeja gastar o mesmo valor do ano anterior. Enquanto isso, 21% querem gastar menos – 37% com o objetivo de economizar, 31% motivados pelo orçamento apertado e 20% pelo desemprego.

O fato de já terem perdido o pai foi o motivo apontado por metade (50%) dos 23% que não têm intenção de usar a data como justificativa para presentear. Já 16% não têm contato com o pai e outros 10% não pretendem comprar presentes por falta de dinheiro.

Mais caros

Para 53% dos consumidores, os preços dos presentes estão mais caros em comparação a 2018. “A sensação de que os presentes estão mais caros tem relação com as dificuldades que o consumidor tem enfrentado para manter seu orçamento em dia. Com a economia em marcha lenta, o desemprego se mantém elevado e o poder de compra segue em baixa, o que exige das famílias um malabarismo para conseguir cumprir com todos os compromissos financeiros”, explica o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.

Para lidar com o encarecimento dos produtos, oito em cada dez consumidores (78%) pretendem pesquisar e comparar os preços antes de finalizar as compras. Um dos problemas detectados pela pesquisa é em relação à responsabilidade financeira: 20% dos entrevistados costumam gastar mais do que podem com os presentes de Dia dos Pais e 8% pretendem deixar de pagar alguma conta para realizar a compra, sobretudo entre as classes C, D e E.

“Para os que estão com pendências financeiras, o certo é ajustar o orçamento pessoal e deixar o presente para outra ocasião, quando as despesas estiverem equacionadas. Não há nada de errado em demonstrar afeto por meio de um presente, mas é importante lembrar que essa não é a única forma de agradecer. Passar o dia na companhia do pai ou oferecer ajuda em projetos pessoais, por exemplo, também são formas de reconhecer e apreciar o valor de alguém em nossas vidas”, indica o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli.