Governo estuda liberar até R$ 63 milhões em saques do FGTS e do Pis/Pasep ainda em 2019

Ministérios ainda não divulgaram dados oficialmente

O Ministério da Economia deve permitir que os trabalhadores saquem até 35% dos recursos das contas ativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A expectativa do governo é que a medida injete até R$ 42 bilhões na economia. O plano é uma tentativa de reanimar o consumo, ainda em 2019, diante da previsão de crescimento modesto do PIB, de 0,81%. Deve haver, ainda, a liberação de mais uma rodada de saques do PIS/Pasep, com potencial de movimentar a economia em mais R$ 21 bilhões.

As informações foram apuradas pelo jornal O Estado de S.Paulo. De acordo com fontes a par do assunto, que participaram, nessa terça, de uma reunião no Ministério da Economia, uma das ideias é autorizar os saques na seguinte proporção: quem tiver até R$ 5 mil no fundo deve ser liberado a sacar 35% do saldo. Trabalhadores com até R$ 10 mil deve ter direito a 30%. Ainda se discute qual parcela vai ser permitida para quem tiver entre R$ 10 mil e R$ 50 mil. Acima de R$ 50 mil, o trabalhador deve poder sacar 10%.

Ainda de acordo com o Estadão, há quem defenda o anúncio da medida para comemorar os 200 dias do governo Jair Bolsonaro, nesta quinta-feira. Por isso, a equipe econômica pediu agilidade à Caixa para viabilizar a proposta. Outras fontes da área econômica, porém, dizem que o modelo não está “maduro”, o que pode atrasar o anúncio.

O calendário de liberação tende a seguir a data do aniversário, assim como o das contas inativas (de contratos já encerrados), anunciado pelo governo de Michel Temer, no ano passado. Trabalhadores que já fizeram aniversário podem ter direito ao benefício assim que ele for autorizado.

Em 2017, o governo Michel Temer liberou o saque de contas inativas do FGTS em um total de R$ 44 bilhões. Cerca de 25,9 milhões de trabalhadores retiraram o dinheiro das contas do Fundo na ocasião.

Procurados pelo Estadão, o Ministério da Economia e a Caixa Econômica Federal disseram, pelas respectivas assessorias de imprensa, que ainda não dispõem de informações oficiais para divulgar.