O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,06% em junho, após ter avançado 0,35% em maio, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o instituto, a taxa foi a menor para o sexto mês do ano desde 2006, época em que o índice atingiu -0,15%.
O IPCA-E, que é o IPCA-15 acumulado trimestralmente, foi de 1,13%, abaixo da taxa de 1,46% para igual período de 2018. O IPCA-15 acumula alta de 2,33% no ano e de 3,84% em 12 meses, resultado abaixo dos 4,93% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2018, a taxa foi de 1,11%.
Conforme o IBGE, o grupo Alimentação e bebidas, que havia apresentado estabilidade em maio, registrou deflação de -0,64% em junho, exercendo impacto negativo mais intenso sobre o índice do mês: -0,16 ponto percentual (p.p.). No lado das altas, a maior variação positiva ficou com Saúde e cuidados pessoais (0,58%) e o maior impacto (0,08 p.p.), com o grupo Habitação (0,52%). Os demais grupos oscilaram entre o 0,00% de Comunicação e o 0,25% de Transportes, cujo impacto no índice do mês foi de 0,05 p.p.
Tomate e feijão-carioca
O resultado do grupo Alimentação e bebidas foi influenciado pela queda no grupamento da alimentação no domicílio (-0,82%), com destaque para o feijão-carioca (-14,99%), tomate (-13,43%), feijão-mulatinho (-11,48%), batata-inglesa (-11,30%), feijão-preto (-8,84%) e frutas (-5,25%). Na direção oposta, os preços do leite longa vida (2,80%) e das carnes (0,64%) subiram de maio para junho, com impactos de 0,03 p.p. e 0,02 p.p., respectivamente. A alimentação fora, após a alta de 0,48% em maio, também registrou queda de preços (-0,33%), principalmente por conta do item refeição (-0,87%).
No quesito habitação, o maior impacto foi causado pela energia elétrica (0,64%), que havia subido 0,72% no mês anterior. Após a vigência da bandeira tarifária amarela em maio, que onerava as contas de luz em R$0,01 por quilowatt/hora consumido, voltou a vigorar, em junho, a bandeira verde, sem cobrança adicional.
As variações regionais vão desde a queda de 0,58% na região Metropolitana do Recife até a alta de 3,51% na região Metropolitana de Belo Horizonte, onde houve reajuste médio de 7,89% nas tarifas, a partir de 28 de maio.
Em Recife, apesar do reajuste de 5,56% nas tarifas em 29 de abril, houve redução de PIS/COFINS, o que levou à variação negativa no mês. Outras áreas com reajuste foram Fortaleza (2,04%), com reajuste de 7,39%, e Salvador (1,38%), onde houve reajuste médio de 6,21%, ambas a partir de 22 de abril.