Governo deve apresentar mudanças na reforma da Previdência

Para policiais federais e rodoviários federais, fica mantida a pensão integral em caso de morte

Foto: Arquivo/Agência Brasil

A líder do governo no Congresso Nacional, Joice Hasselmann (PSL-SP), disse hoje que o governo vai apresentar mudanças na proposta de reforma da Previdência para atender pleitos de algumas categorias, como os policiais, por exemplo. Após reunião com o presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto, a deputada explicou que, mesmo com as modificações, a expectativa do governo é que a economia aos cofres públicos chegue a R$ 1,1 trilhão com a aprovação do texto.

Para policiais federais e rodoviários federais, fica mantida a pensão integral em caso de morte, suprimida em alguns casos na proposta original. Outra modificação que deve ser apresentada, segundo Joice, é no Benefício de Prestação Continuada (BPC) para pessoas com doenças raras, mas com um impacto menor.

Ainda assim, a deputada ressaltou que a economia já alcançou um R$ 1 trilhão, contando com os R$ 200 bilhões que serão economizados a partir da lei de combate às fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). “No estica e puxa o Rogério Marinho [secretário especial da Previdência e Trabalho] conseguiu fazer uma ampliação da nossa economia, mas tem mais”, disse.

A reunião sobre a tramitação da reforma da Previdência, nessa manhã, contou com a presença dos líderes do governo no Congresso, Joice Hasselmann; na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), e Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), além dos ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Economia, Paulo Guedes.

Votação
A votação do texto na comissão especial deve acontecer até quinta para que, na semana que vem, comece a discussão no plenário da Câmara e a votação ocorra antes do recesso parlamentar, previsto para iniciar em 18 de julho.

Segundo Joice Hasselmann, as modificações devem aperfeiçoar o texto e dar “uma musculatura maior” para o que o governo garanta o número de votos necessários para a aprovação do texto.

“O trabalho ainda continua. Estamos em busca de votos, vai ser número de 10% a 15% maior do que a gente precisa. Estamos trabalhando com uma margem de erro, com um volume maior do que o necessário, para garantir a aprovação [no plenário]”, completou a deputada.