Iniciativa para reduzir déficit prisional inclui contratação de engenheiros e arquitetos

Profissionais reforçarão força-tarefa responsável por projetar e orçar reformas de novas casas prisionais

Foto: Alina Souza / CP Memória

A Secretaria da Administração Penitenciária anunciou novas medidas para o setor prisional gaúcho. Uma delas, que faz parte do plano de médio e longo prazos, trata da contratação de cerca de 20 profissionais, entre engenheiros e arquitetos, para reforçar a equipe da força-tarefa responsável por projetar e orçar reformas, ampliações e construções de novos estabelecimentos penais.

A proposta já teve a aprovação do governador Eduardo Leite. “Essas contratações vão permitir que o Estado possa fazer frente a obras cujos recursos já estão inclusive alocados e que poderiam ser ameaçadas pela perda do prazo na elaboração dos projetos”, destacou o secretário Cesar Faccioli. Ele revelou ainda que novos recursos federais para a área serão buscados junto ao Ministério da Justiça, em Brasília. Entre as medidas emergenciais está também a possibilidade de aluguel de prédios na região Metropolitana. Três imóveis encontram-se sob avaliação para a instalação de centros de triagem. Já um prédio em Porto Alegre está sendo reformado para abrigar até 200 detidos.

Cesar Faccioli confirmou também a chegada para apenados da Região Metropolitana de Porto Alegre de 350 tornozeleiras eletrônicas vindas de Santa Cruz do Sul, onde foram substituídas por um modelo mais moderno. O objetivo é reduzir o déficit imediato de vagas e o problema da permanência de presos em viaturas da Brigada Militar e celas da Polícia Civil.

Conforme levantamento da Secretaria da Administração Penitenciária, um total de 7.333 presos ingressaram desde o início do ano no sistema carcerário gaúcho sem que fossem criadas novas vagas. A média diária, nos últimos dias, tem sido de quase 100. O número é 30% maior do que o realizado no mesmo período do ano passado. “A eficiência da polícia tem aumentado gradativamente, além da nossa capacidade de absorção”, explicou Cesar Faccioli. “Esse é o quadro que pretendemos mudar, sem prejuízo do compromisso do governo com a segurança pública”, acrescentou.