O presidente Jair Bolsonaro disse hoje que vai recorrer da decisão que absolveu Adélio Bispo de Oliveira, autor do ataque a faca que sofreu durante a campanha eleitoral, em Juiz de Fora (MG), em setembro do ano passado.
“Estou tomando as providências jurídicas do que posso fazer para recorrer. Normalmente o MP [Ministério Público] pode recorrer também, vou entrar em contato com o meu advogado”, disse Bolsonaro, ao deixar o Palácio da Alvorada, nessa tarde.
O juiz Bruno Savino, da 3ª Vara da Justiça Federal em Juiz de Fora, considerou Adélio inimputável por transtorno mental, ou seja, de acordo com as leis penais, ele não pode ser responsabilizado criminalmente pelos atos que cometeu. De acordo com laudos periciais oficiais, Adélio é portador de transtorno delirante persistente.
Bolsonaro disse ainda ter convicção de que Adélio foi contratado para o assassinar e que, se preciso, vai pagar para que seja feita uma nova avaliação psicológica no acusado. “Eu tenho a causa pessoal, eu tenho que me defender. E custa caro isso aí, um outro lado custa caro. Vou tomar providências”, ressaltou. “É um crime contra um candidato a presidente da República que atualmente tem mandato e devemos ir às últimas consequências.”
Adélio segue preso
O magistrado considerou Adélio inimputável por transtorno mental e, apesar de entender que o ideal era internar o acusado em um manicômio judiciário, por tempo indeterminado, como estabelece a sentença, definiu que ele permaneça na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande (MS), onde permanece desde o atentado, devido ao nível de periculosidade.