As centrais sindicais apresentaram, nesta manhã, detalhes do movimento de paralisação marcado para sexta-feira. A greve geral deve reunir professores, bancários, estudantes, trabalhadores da saúde e funcionários públicos contra a reforma da Previdência. O ato deve começar logo cedo, com concentração nas garagens de ônibus e na administração da Trensurb. Segundo o representante da Central Sindical e Popular Conlutas, Érico Corrêa, os metroviários vão paralisar a operação dos trens por 24 horas. “Da meia-noite às 23h59, o trem não vai funcionar”, afirmou.
Os ônibus metropolitanos também devem parar. De acordo com o diretor da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil, Eder Pereira, os rodoviários de Viamão, Gravataí, Alvorada, Canoas, Novo Hamburgo e São Leopoldo devem aderir ao movimento. “Estão todos unidos e organizados para que o sistema de transporte e toda a alimentação de deslocamento não tenha na Região Metropolitana para vir a Porto Alegre”, explicou o dirigente sindical.
Na capital, as centrais acreditam que deve haver adesão dos rodoviários. Impasses jurídicos sobre greves anteriores impedem que divulguem estratégias. O presidente estadual da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras, Guiomar Vidor, acredita na participação dos motoristas e cobradores de Porto Alegre “desde a primeira hora da manhã”.
Os dirigentes também não quiseram comentar sobre possíveis bloqueios em vias públicas. O comando de greve estima a participação de 150 municípios na greve de sexta-feira. O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Rio Grande do Sul, Claudir Nespolo, citou a adesão de trabalhadores de indústrias dos setores calçadista, químico, alimentício e metalúrgico. “Em todas essas cidades vão ter atos no final da tarde”, projetou.
Estudantes e trabalhadores da educação devem se reunir na UFRGS para protestar. Em Porto Alegre, um ato unificado deve ser realizado, às 18h, na esquina democrática, na região central da cidade.