O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, disse, hoje, que a decisão de implementar o projeto de uma moeda única compartilhada por Brasil e Argentina é política e exige convergência de políticas – econômica e fiscal.
“Sem dúvida nenhuma é um tema interessante, complexo, e que, no caso da Europa [o euro], criou um grande impulso de integração”, disse, acrescentando ainda não ter estudado o assunto. Levy, no entanto, ponderou: “Temos que ver se as condições são similares. Aí, é uma decisão política”.
Joaquim Levy participou de um almoço com o ministro da economia, Paulo Guedes, e conselheiros do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), no Rio de Janeiro. Ao deixar o local, o presidente do BNDES disse a jornalistas que a visão de Guedes é a mesma.
Segundo Levy, no almoço foram discutidas propostas econômicas para problemas fiscais e para a liberalização da economia. Ele disse que o banco está à disposição para ajudar os estados a encontrar um melhor uso para ativos, como companhias de saneamento, de energia elétrica e gás, incluindo privatizações.
O presidente do BNDES também disse que não vê risco de o Fundo Amazônia acabar. Mudanças na gestão do fundo vem sendo objeto de protestos de ambientalistas e discussão no governo.